O Tártaro
é, ao lado de Caos, Gaia e Eros, um dos deuses primordiais do cosmos, ele é a
personificação de um abismo úmido, frio e imerso na mais profunda escuridão
proveniente do nevoeiro de Érebo, abaixo
da Terra e muito aquém do inferno e do purgatório. O Tártaro é o lugar onde são
aprisionados os inimigos dos deuses, os assassinos, os criminosos e todos
aqueles que são penitenciados por um julgamento dos deuses.
Tártaro teve relações com Gaia, deusa da terra, e desta relação
eles geraram as mais terríveis bestas da mitologia grega, entre elas o poderoso
Tifão, um monstro gigantesco e
horrendo, com cem cabeças de dragão (ou de serpente) que saem de suas coxas, e a
terrível Equidna, um monstro com o rosto, o tronco e os braços de mulher e
da cintura para baixo uma cauda robusta de serpente.
Segundo Hesíodo
uma bigorna de bronze leva nove dias para cair do céu e atingir a terra e que ela
irá cair por mais outros nove dias, da terra, até atingir o Tártaro. Para os antigos
romanos, o Tártaro é o lugar para onde são enviados os pecadores. Virgílio (poeta romano) o descreve na Eneida como um lugar gigantesco, rodeado
pelo rio de fogo Flegetonte, cercado
por uma muralha tripla que impede a fuga dos pecadores com um portal protegido
por colunas de Adamanto (um material metálico,
duríssimo e indestrutível, usado apenas pelos deuses), guardado por uma hidra
de 50 cabeças e que ele se estende sob a terra duas vezes mais longe do que a
distância da terra dos vivos até a abóbada celeste.
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