quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Óreas, Deuses - Montes

  Óreas são deuses primordiais, espíritos rústicos que personificam as montanhas. Cada montanha tinha seu próprio deus, ocasionalmente representado como um velho barbado erguendo-se entre seus picos íngremes. Óreas foram gerados unicamente por Gaia, a Terra, seus irmãos são Urano, o céu, e Pontos, o mar.
  Para os gregos antigos todas as suas principais montanhas eram personificadas por um dos Óreas. Com destaque para Athos, deus-monte da Trácia, Cíteron, deus-monte da Beócia que entrou em um concurso de canto com o vizinho monte Hélicon, Etna, deusa-monte do vulcão da Sicília, Niso, deus-monte da Beócia que cuidou do deus Dioniso na infância, Parnes, deus-monte entre a Beócia e a Ática, Tmolo, deus-monte da Lídia que foi juiz de um concurso musical entre Apolo e Mársias ou Apolo e , e Olimpo, deus-monte da Tessália no norte da Grécia, lar dos deuses.

Gaia, a Deusa da Terra

  Gaia é a deusa primordial da Terra, “Grande Mãe” da maioria das divindades e dos mortais. Segundo Hesíodo, Gaia surge logo após Caos, juntamente com Eros, a atração amorosa, e Tártaro, o mundo inferior. Os gregos antigos acreditavam que a terra era um disco chato e redondo. E que os deuses haviam destinado a eles o centro, o coração da terra. Os juramentos em nome de Gaia, na Grécia antiga, eram considerados como os mais sagrados.
 Na Teogonia de Hesíodo, Gaia é capaz de gerar sozinha seres que possam cobri – lá inteiramente, são estes, Urano, o Céu, Pontos, o Mar, e Óreas, as montanhas,além de gerar com Tártaro, os monstros Tifão e Equidna. Os seres mortais, animais e vegetais, brotaram ou nasceram de sua carne terrosa.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Tártaro, o Mundo Inferior

O Tártaro é, ao lado de Caos, Gaia e Eros, um dos deuses primordiais do cosmos, ele é a personificação de um abismo úmido, frio e imerso na mais profunda escuridão proveniente do nevoeiro de Érebo, abaixo da Terra e muito aquém do inferno e do purgatório. O Tártaro é o lugar onde são aprisionados os inimigos dos deuses, os assassinos, os criminosos e todos aqueles que são penitenciados por um julgamento dos deuses.
Tártaro teve relações com Gaia, deusa da terra, e desta relação eles geraram as mais terríveis bestas da mitologia grega, entre elas o poderoso Tifão, um monstro gigantesco e horrendo, com cem cabeças de dragão (ou de serpente) que saem de suas coxas, e a terrível Equidna, um monstro com o rosto, o tronco e os braços de mulher e da cintura para baixo uma cauda robusta de serpente.
Segundo Hesíodo uma bigorna de bronze leva nove dias para cair do céu e atingir a terra e que ela irá cair por mais outros nove dias, da terra, até atingir o Tártaro. Para os antigos romanos, o Tártaro é o lugar para onde são enviados os pecadores. Virgílio (poeta romano) o descreve na Eneida como um lugar gigantesco, rodeado pelo rio de fogo Flegetonte, cercado por uma muralha tripla que impede a fuga dos pecadores com um portal protegido por colunas de Adamanto (um material metálico, duríssimo e indestrutível, usado apenas pelos deuses), guardado por uma hidra de 50 cabeças e que ele se estende sob a terra duas vezes mais longe do que a distância da terra dos vivos até a abóbada celeste.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Eros ou Cupido?

  Eros é o deus grego do amor, muitas vezes venerado também como deus da fertilidade, seu equivalente romano era Cupido, o desejo, também conhecido como amor. Em uma concepção grega, Eros é visto entre dois aspectos o de uma divindade primordial que encarna não só a força do amor, todavia também o impulso criativo da sempre florescente natureza, a Luz primogênita que é responsável pela criação e a ordem de todas as coisas no Cosmos.
 Na Teogonia de Hesíodo, Eros surgiu após o Caos primordial junto com Gaia, a Terra, e Tártaro, o mundo inferior. De acordo com a obra de Aristófanes As Aves, Eros brotou de um ovo posto por Nyx, à noite, que o havia concebido com Érebo, a escuridão. Em outra vertente, oriunda da obra O Banquete de Platão, Eros foi concebido por Poros, a abundância, e Penia, a pobreza, no aniversário de Afrodite, a beleza e o amor.

Deuses Primordiais

  Segundo Hesíodo na Teogonia, segue-se a origem dos primeiros deuses, que personificam os elementos primordiais do Universo assim como Caos (o vazio primitivo), simultaneamente Gaia, a terra, Tártaro, o mundo inferior, e Eros, a atração amorosa. São estes juntamente a Nyx, à noite, Érebo, a escuridão, Tálassa o mar, Hemera, o dia, Éter, a luz, e os filhos de Gaia (Urano, Pontos e Óreas) considerados deuses primordiais na mitologia grega, conforme a Teogonia. Que são as divindades que nasceram em primeiro lugar, que surgiram no momento da criação, e cujas formas constituem a estrutura básica do universo e tudo que há nele.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Nyx e Érebo, Noite e Escuridão

  Nyx a deusa da noite, desposou seu irmão Érebo (Caligo, para os romanos), deus da escuridão profunda, criador das trevas e muitas vezes também atribuído ao Inferno. Da união de Nyx e Érebo surgem o Éter, a luz celestial, e Hemera, o dia. Éter representa o “céu superior” (Atmosfera), o ar puro e brilhante que apenas os deuses respiram no infinito cosmos. Diferente do ar incolor e denso respirado pelos mortais, o Éter emana luz e pureza celestial.
  Hemera personifica a luz do dia e o ciclo da manhã, habita junto com sua mãe um palácio atrás dos muros que separam o inferno do mundo mortal, porém elas nunca ficam juntas. Hemera sai do Tártaro (abismo mais profundo do reino de Hades) sempre que Nyx entra, e quando Hêmera retorna, Nyx sai, criando o ciclo da noite e do dia. Hemera e Éter tiveram um romance, deste romance nasceram Tálassa, deusa do mar e mãe dos peixes, a Tristeza, a Cólera e a Mentira.
  Nyx gerou sozinha, sem se unir a nenhuma outra divindade, Moros, deus da sorte e do destino, os gêmeos Tânatos, deus da morte, e Hipnos, deus do sono, Oniro, as mil personificações dos sonhos, Momo, deusa do sarcasmo e do deboche, Oizus, deus da angústia, miséria e da tristeza, as Hespérides, guardadoras dos pomos de ouro, as Moiras, deusas do destino, Nêmesis, deusa da retribuição, Apate, espírito que representava o engano e a fraude, Filotes, espírito que personificava a amizade, o carinho e a ternura, Geras, deus da velhice, Éris deusa da discórdia, Ftono, deus da inveja, Lissa, deusa da loucura, Caronte, o barqueiro do mundo dos mortos e as Queres, Anaplekte (morte rápida), Akhlys (névoa da morte), Nosos (doença), Ker (destruição) e Stygere (ódio).

sábado, 24 de dezembro de 2011

Caos, a Confusão

  Antes mesmo do surgimento da terra, dos deuses e do homem, na remota origem dos tempos, tudo era vazio e disforme, existia apenas o Caos, um ser rudimentar sob uma forma vaga, indefinível e indescritível. Segundo Hesíodo Caos foi à primeira divindade a surgir no universo. Apesar de ser uma criatura indefinível, a mitologia nos diz que ele foi capaz de gerar seres “a partir de pedaços de si próprio”. Assim surgem seus filhos, Nyx, à deusa da noite, e Érebo, o deus da escuridão e do inferno.